Adoro livros! Adoro comprar e ganhar livros. Assuntos variados. Meu problema é querer ler todos ao mesmo tempo. Mas minha hiperatividade não me deixa começar e terminar um livro de cada vez. Esse assunto me faz lembrar o filósofo Schopenhauer, que diz que quem lê muito, pensa pouco. Mas isso é uma crítica aos eruditos que leêm e apenas reproduzem o pensamento de outros autores. O verdadeiro intelectual é aquele que usa mais o proprio pensamento do que os conteúdos dos livros. Schopenhauer compara o erudito como uma pessoa careca que usa peruca, ou seja, não é capaz de produzir seu proprio cabelo (usa o pensamento de outro), diferente dos que tem seus própios cabelos (possui seu proprio pensamento).
Penso que temos que ter cuidado em não nos alienar. Ser capaz de ter nossa propria percepção, sem condicionamentos.
Uma vez conversava com uma pessoa sobre Nietzche e eu dizia que gostava muito daquele filósofo. Essa pessoa disse-me que não gostaria de ler Nietzche porque não concordava com o fato daquele filósofo não acreditar em Deus. Ora, se tivermos que ler somente aquilo que concordamos, como iremos conseguir perceber as várias faces de uma questão?
E por falar nisso, lembrei-me de uma pequena história de Fernando Pessoa, que disse ter encontrado um amigo que tinha brigado com outro amigo. O primeiro amigo contou-lhe a versão e ele deu razão a esse amigo. Mais terde encontrou o segundo amigo que contou outro ponto de vista, e que também tinha razão. Assim, Fernando Pessoa conclui: Fiquei confuso pela dupla existência da verdade.
Continuo adorando livros! E livros de papel, que posso tocar, cheirar, sentir, carregar comigo.
Até o próximo post.
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